2º
Domingo da Páscoa – Glória e Creio
Tempo
da Páscoa - 2ª Semana do Saltério
Prefácio
da Páscoa I - Ofício do dia
Cor:
Branco - Ano Litúrgico “A” - São Mateus
Antífona: I
Pedro 2,2 Como criança recém-nascidas, desejai o puro leite
espiritual para crescerdes na salvação, aleluia!
Oração
do Dia: Ó Deus de eterna misericórdia, que reacendeis a fé do
vosso povo na renovação da festa pascal, aumentai a graça que nos
destes. E fazei que compreendamos melhor o batismo que nos lavou, o
espírito que nos deu nova vida e o sangue que nos redimiu. Por nosso
Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Amém!
LEITURAS:
Primeira
Leitura: At 2,42-47 Todos os que abraçavam a fé viviam
unidos e colocavam tudo em comum
Os
que haviam se convertido eram perseverantes em ouvir o ensinamento
dos apóstolos, na comunhão fraterna, na fração do pão e nas
orações. E todos estavam cheios de temor por causa dos numerosos
prodígios e sinais que os apóstolos realizavam.
Todos
os que abraçavam a fé viviam unidos e colocavam tudo em comum;
vendiam suas propriedades e seus bens e repartiam o dinheiro entre
todos, conforme a necessidade de cada um. Diariamente, todos
frequentavam o templo, partiam o pão pelas casas e, unidos, tomavam
a refeição com alegria e simplicidade de coração. Louvavam a Deus
e eram estimados por todo o povo. E, cada dia, o Senhor acrescentava
ao seu número mais pessoas que seriam salvas. - Palavra
do Senhor.
Comentando
a Liturgia: A primeira leitura nos apresenta o ideal da
comunidade cristã: a comunidade primitiva dos cristãos de
Jerusalém. A descrição de At 2,42-47 acentua especialmente a
comunhão dos bens, que corresponde ao sentido do partir o pão –
comemoração do Senhor Jesus. Outros textos semelhantes sobre a vida
da comunidade encontram-se em At 3,32-37 e 5,12-16.
Tanto
essa comunhão perfeita como os prodígios operados pelos apóstolos
serviam de testemunho para os demais habitantes de Jerusalém,
testemunho que não deixava de ter sua eficácia. Essa leitura é,
portanto, mais do que um documento histórico sobre os primeiros
tempos depois da Páscoa: é convite para restabelecermos a pureza
cristã das origens.
Salmo: 117,2-4.13-15.22-24
(R.1) Dai graças ao Senhor, porque Ele é bom; eterna é
a sua misericórdia!
A
casa de Israel agora o diga: 'Eterna é a sua misericórdia!' A
casa de Aarão agora o diga: 'Eterna é a sua misericórdia!' Os
que temem o Senhor agora o digam: 'Eterna é a sua
misericórdia!'
Empurraram-me,
tentando derrubar-me, mas veio o Senhor em meu socorro. O
Senhor é minha força e o meu canto, e tornou-se para mim o
Salvador.'Clamores de alegria e de vitória ressoem pelas tendas
dos fiéis.
'A
pedra que os pedreiros rejeitaram, tornou-se agora a pedra
angular. Pelo Senhor é que foi feito tudo isso: Que
maravilhas ele fez a nossos olhos! Este é o dia que o Senhor
fez para nós, alegremo-nos e nele exultemos!
Segunda
Leitura: 1Pd 1,3-9 Pela ressurreição de Jesus Cristo
dentre os mortos, ele nos fez nascer de novo para uma esperança viva
Bendito
seja Deus, Pai de nosso Senhor Jesus Cristo. Em sua grande
misericórdia, pela ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos,
ele nos fez nascer de novo, para uma esperança viva, para uma
herança incorruptível, que não se mancha nem murcha, e que é
reservada para vós nos céus.
Graças
à fé, e pelo poder de Deus, vós fostes guardados para a salvação
que deve manifestar-se nos últimos tempos. Isto é motivo de alegria
para vós, embora seja necessário que agora fiqueis por algum tempo
aflitos, por causa de várias provações.
Deste
modo, a vossa fé será provada como sendo verdadeira - mais preciosa
que o ouro perecível, que é provado no fogo - e alcançará louvor,
honra e glória no dia da manifestação de Jesus Cristo. Sem ter
visto o Senhor, vós o amais. Sem o ver ainda, nele acreditais. Isso
será para vós fonte de alegria indizível e gloriosa, pois obtereis
aquilo em que acreditais: a vossa salvação. - Palavra do
Senhor.
Comentando
a Liturgia: A segunda leitura é tomada da primeira carta de
Pedro, que é uma espécie de homilia batismal. Na perspectiva de seu
autor, a volta gloriosa do Senhor estava próxima; os cristãos
deviam passar por um tempo de prova, como ouro na fornalha, para
depois brilhar com Cristo na sua glória.
Nessa
perspectiva, a fé batismal se concebe como antecipação da plena
revelação escatológica: é amar aquele que ainda não vimos e nele
crer, o coração já repleto de alegria diante da salvação que se
aproxima (e já alcançada à medida que a fé nos põe em verdadeira
união com Cristo).
Evangelho
segundo Jo 20,19-31 Oito dias depois, Jesus entrou
Ao
anoitecer daquele dia, o primeiro da semana, estando fechadas, por
medo dos judeus, as portas do lugar onde os discípulos se
encontravam, Jesus entrou e pondo-se no meio deles, disse: "A
paz esteja convosco". Depois destas palavras, mostrou-lhes as
mãos e o lado. Então os discípulos se alegraram por verem o
Senhor. Novamente, Jesus disse: "A paz esteja convosco. Como o
Pai me enviou, também eu vos envio".
E
depois de ter dito isto, soprou sobre eles e disse: "Recebei o
Espírito Santo. A quem perdoardes os pecados eles lhes serão
perdoados; a quem os não perdoardes, eles lhes serão retidos".
Tomé, chamado Dídimo, que era um dos doze, não estava com eles
quando Jesus veio. Os outros discípulos contaram-lhe depois: "Vimos
o Senhor!" Mas Tomé disse-lhes: "Se eu não vir a marca
dos pregos em suas mãos, se eu não puser o dedo nas marcas dos
pregos e não puser a mão no seu lado, não acreditarei".
Oito
dias depois, encontravam-se os discípulos novamente reunidos em
casa, e Tomé estava com eles. Estando fechadas as portas, Jesus
entrou, pôs-se no meio deles e disse: "A paz esteja convosco".
Depois disse a Tomé: "Põe o teu dedo aqui e olha as minhas
mãos. Estende a tua mão e coloca-a no meu lado. E não seja
incrédulo, mas fiel".
Tomé
respondeu: "Meu Senhor e meu Deus!" Jesus lhe disse:
"Acreditastes, porque me viste? Bem-aventurados os que creram
sem terem visto!" Jesus realizou muitos outros sinais diante dos
discípulos, que não estão escritos neste livro. Mas estes foram
escritos para que acrediteis que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus,
e para que, crendo, tenhais a vida em seu nome. - Palavra da
Salvação.
Comentando
o Evangelho (Padre Jaldemir Vitório / Jesuíta): A
bem-aventurança de crer no Senhor Ressuscitado, sem tê-lo visto,
diz respeito a todos os cristãos. Neste caso, o pré-requisito para
se tornar bem-aventurado consiste em dar crédito ao testemunho de
quem "viu" o Senhor, e anunciou que ele está vivo. A
tradição cristã, ao longo dos séculos, foi se formando a partir
do testemunho dos primeiros cristãos. Estes saíram pelo mundo
inteiro para anunciar que o Senhor ressuscitou, testemunhando o fato,
não só com palavras, mas também com a vida. O testemunho de fé -
palavra e vida - da comunidade é a única forma de ter acesso ao
Senhor. Só por este caminho é que se chega a Jesus.
Como
consequência, cada cristão deve estar convicto de que é mediação
da experiência do Ressuscitado, para todas as pessoas com quem se
defronta. Quando o cristão, realmente, assimila a dinâmica da
ressurreição, e a deixa transformar sua vida, torna-se uma prova
convincente de que o Senhor está vivo, e sua presença tem a força
de mudar, radicalmente, a vida de quem o acolhe. Este é o testemunho
que atrairá muitas pessoas para a fé.
Assim,
embora não vejamos Jesus ressuscitado com os nossos olhos, é
possível acolhê-lo na fé, e testemunhar que ele, de fato, está no
meio de nós.
INTENÇÕES
PARA O MÊS DE ABRIL:
Intenção
Universal: Ecologia e justiça - Para que os
governantes promovam o respeito pela criação e uma justa
distribuição dos bens e dos recursos naturais.
Intenção
para a Evangelização: Esperança
para quem sofre - Para
que o Senhor Ressuscitado encha de esperança o coração daqueles
que experimentam a dor e a doença.
TEMPO
LITÚRGICO:
Tempo
Pascal: Os cinquenta dias entre o Domingo da Ressurreição
e o Domingo de Pentecostes sejam celebrados com alegria e exultação,
como se fossem um só dia de festa, ou melhor, “como um grande
Domingo” (Santo Atanásio; conforme NALC 22).
Os
Domingos deste tempo sejam tidos como Domingos da Páscoa e, depois
do Domingo da Ressurreição, sejam chamados 2º, 3º, 4º, 5º, 6º
e 7º Domingos da Páscoa. Os oito primeiros dias do Tempo Pascal
formam a Oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades do
Senhor (NALC 24). O oitavo dia é constituído pelo domingo seguinte
a Páscoa. A oitava da Páscoa tem precedência sobre quaisquer
outras celebrações.
Qualquer
solenidade que coincida com um dos domingos da Páscoa tem sua
celebração antecipada para o sábado; se, porém, ocorrer durante a
oitava da Páscoa, fica transferida para o primeiro dia livre que se
seguir a oitava. As festas celebram-se segundo a data do calendário;
quando ocorrerem em domingo do Tempo Pascal, omitem-se nesse ano.
Diz-se
o Glória durante a Oitava da Páscoa, nas solenidades e festas, já
o Credo só nas solenidades. O Círio Pascal permanece junto ao altar
por todo o Tempo Pascal, isto é, da noite de Páscoa ao Domingo de
Pentecostes, e acende-se em todas as Missas dominicais.
O
Domingo de Pentecostes encerra este tempo sagrado de cinquenta dias
(NALC 23). No Brasil, celebra-se no 7º Domingo da Páscoa e
solenidade daAscensão do Senhor.
Cor
Litúrgica: BRANCO - Simboliza a alegria cristã e o Cristo
vivo. Usada nas missas de Natal, Páscoa, etc... Nas grandes
solenidades, pode ser substituída pelo amarelo ou, mais
especificamente, o dourado.
Fique
com Deus e sob a proteção da Sagrada Família
Ricardo
Feitosa e Marta Lúcia
www.catolicoscomjesus.com
– catolicoscomjesus@gmail.com
Crendo
e ensinando o que crê e ensina a Santa Igreja Católica
Fonte:
CNBB / Missal Cotidiano